sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A política de cotas é uma boa resposta às desigualdades sociais relacionadas às minoriais étnicas?

                 A minoria étnica apoiada pela política de cotas que facilitam a entrada dos jovens negros nas faculdades federais(D).Não garantem que terão sucesso na carreira e no aprendizado(C).As consequências podem agravar ainda mais os preconceitos entre raças diferentes(C), pois a cor não justifica prioridades em nome de um preconceito implícito(J).

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Só há notícia se for ruim, de Carlos Brickmann

Artigo de opinião

Só há notícia se for muito ruim
          Carlos Brickmann

     Elio Gaspari costuma dizer que, nas redações, a notícia chega devagarzinho, abre a porta de leve, põe a cabeça para dentro e entra correndo para esconder-se.Se alguém a notar, será imediatamente chutada para fora.
     E, se a notícia for boa, suas chances de sobrevivência são ainda menores. Notícia que o pessoal gosta é corrupção, é escândalo, é miséria, é tudo aquilo que deu errado.Nas ocasiões em que o Brasil dá certo, aí não é notícia( e não vale nem a regra de que boa notícia é o inusitado). Lugar de notícia boa é a cesta do lixo.
    Jundiaí, no interior de São Paulo, atingiu 100% no fornecimento de água tratada e chegou muito perto disso no tratamento de esgotos ( só não atingiu 100% por um problema  judicial). Notícias? Só nos jornais da região, e olhe lá.A capital de São Paulo, onde o programa de água e esgotos caminha bem mais ainda está longe da universalização, ignorou o tema.O Brasil, onde água tratada e esgoto são coisas de gente rica, preferiu investigar se tem ministro comendo tapioca com cartão corporativo(tema que até vale investigação, mas não pode substituir outros assuntos de importância, que se referem à vida e à morte dos cidadãos).
     São Caetano do Sul. Na Grande São Paulo, é um exemplo ainda mais claro de que as boas notícias são desprezadas pelos meios de comunicação.De acordo com os número da respeitadíssima Fundação Seade, o índice de mortalidade infantil de São caetano é o menor do país; equipara-se aos da Bélgica e do Japáo, quatro mortes por mil nascimentos.É índice que ocorre no Primeiro Mundo.
     A derrubada dos índices de mortalidade infantil não ocorre, em lugar nenhum, apenas pela boa atenção à saúde: exige tempo, trabalho coordenado, que envolve planejamento, engenharia( tratamento de esgotos e água), meio ambiente(plantio de árvores, limpeza de rios e córregos), coleta de lixo, de preferência seletiva, assistência social (há em São Caetano um programa tipo bolsa-família, mais completo que o federal, mantido com recursos municipais), aleitamento materno, cuidados com as gestantes, educação em sentido amplo, higiena, empregos. E envolve, o que é raro, continuidade administrativa: não é porque um prefeito é adversário do antecessor que deve abandonar seus planos.O atual prefeito, José Auricchio, reeleito com 70% dos votos, tem na oposição boa parte do grupo político de seu antecessor. E daí? Neste processo todo, a cidade de 150 mil habitantes atingiu o maio Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. E, fora da região do Grande ABC, o fato foi olimpicamente ignorado pelos meios de comunicação.
     Dizem que  Ribeirão Preto vai muito bem na área social(mas como encontrar dados, se não há reportagens?). E, o que aparece às vezes na TV (mas rarissimamente na imprensa escrita), a cidade se transforma em área de tecnologia de ponta no uso do raio laser em auxílio a transplantes. Há belas experiência de sustentabilidade ambiental no Rio Grande do Sul, há o hospital de referência no tratamento de câncer de Barretos, há as experiências em Campinas da Unicamp em energia alternativa e cirurgia para diabetes, há excelentes pesquisas em Campina Grande, na Paraíba, há um belo trabalho da Embrapa e da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz, há a agricultura irrigada de ótima qualidade no semiarido nordestino.E quem sabe, por ter sido informado pelos meios de comunicação, que as hélices dos geradores de vento da Europa são, em grande parte, fabricadas no Brasil?
     Vale matéria? De vez  em quando, a TV mostra, em horários alternativos, em programas especializados, alguns as, alguns aspectos dessas experiências positivas.De muita coisa este colunista tomou conhecimento ao integrar o júri do último Prêmio Esso de Jornalismo, com belíssimas matérias nos jornais da região sobre os bons fatos que também ocorrem.
      Vale matéria? Deveria valer. Mas, além da volúpia por más notícias, há um problema extra, que assusta pauteiros e repórteres: o medo da patrulha.Fazer matéria a favor pode dar a impressão de que há alguma coisa esquisita além da reportagem.Mas é preciso vencer também este preconceito- ou ficaremos restritos ao noticiário policial fingindo que é cobertura política.

                         Artigo de opinião retirado do material da Olimpíada de Língua Portuguesa.
    

     Título do artigo de opinião- Explorando a oposição entre boas e más notícias, o título antecipa a tese defendida pelo artigo.
     Parágrafos:
1-      Todo o artigo pode ser entendido como um desdobramento da voz de Gaspari, citada neste primeiro parágrafo.
2-      No segundo parágrafo, o articulista retoma a voz de gaspari, complementando-a e contrastando-a com a voz do “pessoal”.
3-      Referência a gastos abusivos com cartões corporativos.Esses excessos, de interesse exclusivamente pessoal, foram alvo de muitas denúncias na grande imprensa.
No terceiro parágrafo, o articulista inicia uma série de referências a fatos positivos(vozes aliadas)sistematicamente ignorados pela grande imprensa ( voz adversária).
4-      Ao apresentar este dado, o articulista usa um argumento de autoridade; a credibilidade da voz de uma instituição “respeitadíssima”.
5-      Neste parágrafo o articulista chama a atenção para o grau elevado de interesse público dos fatos positivos a que se refere, mostrando seu alcance social, político, econômico e histórico.
6-      A oração “Dizem que...” sugere e introduz uma “voz corrente”, representante da opinião pública, dada como favorável à tese do autor.
7 e 8- Nestes dois parágrafos, dirige ao leitor uma pergunta retórica, “Vale matéria?”, que tem por objetivo tanto assinalar um novo momento do texto quanto levá-lo a tomar um posisionamento favorável, aderindo à tese e à proposta final do articulista.
8- Ao se referir à “patrulha” que assusta pauteiros (jornalistas que definem o que será publicado), o articulista aponta uma voz adversária poderosa: a dos jornalistas que suspeitam das boas notícias.

                       


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Artigo de opinião: Ilha da Fantasia

     Em artigo recente publicado no site Fazendo Média, Gustavo Barreto defende o Vale-Cultura. Entretanto sabemos que o país não tem cultura como prioridade, pois existem muitos problemas como a saúde, moradia, sobrevivência, educação básica, transporte, etc, o projeto prevê  a criação de um benefício, voltado para os trabalhadores através de um cartão magnético similar ao Vale-Refeição, com o valor de R$50 reais mensais para comprar ingressos ou cinema, teatro e shows, livros, CDs e DVDs.
     E aí fica a pergunta será que esse projeto não deveria ficar para depois? Porque a nossa realidade ainda não está apta a fazer parte de ambientes culturais, pois dentro dos nossos lares ainda não foram sanados "os mais essenciais", como: desemprego, desabrigados, analfabetos, doentes morrendo nas filas do SUS, ônibus depredados, greves e a grande desigualdade, violência que aumenta a cada dia.
     Será que esses temas não necessitam de projetos urgentes para resolver o nosso caos, para depois pensarmos em cultura, pois o que precisamos é de salários mais justos a todos e não projetos ilusórios que dão a ilusão "utopia" de que vivemos no país das maravilhas?

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Questão polêmica e artigo de opinião

         A questão polêmica e o artigo de opinião foram baseados na reportagem da revista veja do dia 14 de setembro de 2011, página 54(O Despertar das Consciências).

Artigo de opinião: Corrupção não, consciência sim

     Estamos empanturrados de denúncias, de corrupções todos os dias, desde a década de 90, no "algi" do PT que liderava todas possíveis mobilizações em prol ao partido, mas foi só subir a rampa do Palácio do Planalto que o partido então eleito, enrolou a bandeira da ética e da honestidade em nome de "favores" a poucos e ignorância ao correto, ao certo e passou a ser agente do "Diabo".
     Muitos brasileiros cansados da falta de justiça, no dia 7 de setembro de 2011, por motivos infinitos e justificáveis surpreenderam e com certeza foram muito aplaudidos por serem pessoas capazes de pensar e novamente carregarem uma bandeira, mas essa sem questionar sobre predileções políticas.
     Esperamos que desta vez as bandeiras sejam asteadas a favor da população, e que essas bandeiras voem em direção ao povo, à educação, à saude, à igualdade social, e que todos os brasileiros não necessitem engolir tantas falcatruas, arrombos, roubos, irregularidades, mensalões, essas roubalheiras e coleções de corruptos que fazem dos eleitores vítimas de uma política suja e nojenta.
     Vejo Dilma Rousseff fazer faxina e derrubar três ministros acusados de irregularidades que vão desde o enriquecimento ilícito à desmascarada corrupção com certa esperança, e esta aí a justificativa para a manifestação de protesto acontecido em diversas capitais brasileiras, inclusive em Brasília.
     Será que além da professora do D.F Cecília de Oliveira 26, e mais quarenta e nove entrevistados que puderam optar para a "não enganação", essa marcha servirá para sensibilizar o eleitor brasileiro, e nossos famosos políticos e motivá-los a repensar o que seja realmente o país? Um governo? Um Congresso?
     Desta forma, seremos acompanhados por mais e mais brasileiros conscientes e capazes de discernir seus direitos com a vontade de fazer parte de um país capaz de lutar.Até quando precisaremos testemunhar os escândalos dos corruptos, vampiros, sanguessugas, máfias organizada que até hoje têm feito de nosso Brasil, o campeão dos escândalos políticos? "A corda esticou demais".O Brasil já não suporta mais um sistema político em que a corrupção seja nossa eterna companheira. "Chega de Corrupção!", vestiremos a camisa e esperamos que seja essa bandeira, a voz de todos nas próximas eleições.

Questão polêmica(oficina 4)

     Será que além da professora do D.F Cecília de Oliveira 26, e mais quarenta e nove entrevistados que puderam optar para a "não enganação", essa marcha servirá para sensibilizar o eleitor brasileiro, e nossos famosos políticos e motivá-los a repensar o que seja realmente o país? Um governo? Um Congresso?

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Avaliação dos dois primeiros encontros

    Os dois encontros foram muito bons, pois tivemos troca de experiências bem sucedidas com os colegas e com as mediadoras que estão sempre dispostas a nos ajudar na tarefa de ensinar.
     O programa de Formação Continuada facilita bastante nosso trabalho, pois apresenta oficinas que são sequências didáticas de qualidade para nos auxiliarem em sala de aula nas produções do gênero textual Artigo de opinião, modificando assim, nossa prática, porque quando ampliamos conhecimentos, temos mais segurança para ensinar e os alunos apresentam uma aprendizagem mais concreta e eficiente de acordo com o gênero.

Comentário crítico sobre o debate

       O debate foi muito bom, porque os professores tiveram a oportunidade de mostrar seus conhecimentos sobre a argumentação e também pudemos nos colocar no lugar do aluno para perceber o quanto é difícil esperar a vez para falar, respeitar as ideias dos outros e observar as falhas dos grupos debatedores para depois aplicar as punições.
     Após essa atividade realizada no curso, ficamos mais seguros para utilizarmos essa mesma estratégia com os alunos, pois já estamos preparados para eventuais problemas que possam aparecer como: apenas um aluno falar, o desrespeito pelo adversário e retrucarem antes da hora.
    

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Corrupção cultural ou organizada?

Artigo de opinião

Corrupção cultural ou organizada?
          Renato Janine Ribeiro

          Precisamos evitar que a necessária indignação com as microrrupções
                         “culturais” nos leve a ignorar a grande corrupção.

     Ficamos muito atentos, nos últimos anos, a um tipo de corrupção que é muito frequente em nossa sociedade: o pequenos ato, que muitos praticam, de pedir um favor, corromper um guarda ou, mesmo, violar a lei e o bem comum para obter uma vantagem pessoal.Foi e é importante prestar atenção a essa responsabilidade que temos, quase todos, pela corrupção política- por sinal, praticada por gente eleita por nós.
     Esclareço que, por corrupção, não entendo sua definição legal, mas ética.Corrupção é o que existe de mais antirrepublicano, isto é, mais contrário ao bem comum e à coisa pública.Por isso, pertence à mesma família que trafegar pelo acostamento, furar a fila, passar na frente dos outros.Às vezes é proibida por lei, outras, não.
     Mas aqui, o que conta é seu lado ético, não legal.Deputados brasileiros e britânicos fizeram despesas legais, mas não éticas.È desse universo que trato.O problema é que  a corrupção “cultural”, pequena, disseminada- que mencionei acima- não é a única que existe.Aliás, sua existência nos poderes públicos tem sido devassada por inúmeras iniciativas da sociedade, do Ministério Público, da Controladoria Geral da União (órgão do Executivo) e do Tribunal de Contas da União (que serve ao Legislativo).
     Chamei-a de “corrupção cultural” pois expressa uma cultura forte em nosso país, que é a busca do privilégio pessoal somada a uma relação com o outro permeada pelo favor. È, sim, antirrepublicana.Dissolve ou impede a criação de laços importantes.Mas não faz sistema, não fez estrutura.
     Porque há outra corrupção que, essa, sim, organiza-se sob a forma de complô para pilhar os cofres públicos- e maç deixa rastros. A corrupção “cultural” é visível para qualquer um  Suas pegadas são evidentes.Bastou colocar as contas do governo na internet para saltarem aos olhos vários gastos indevidos, os quais a mídia apontou no ano passado.
     Mas nem a tapioca de R$ 8 de um ministro nem o apartamento de um reitor- gastos não republicanos- montam um complô.Não fazem parte de um sistema que vise a desviar vultosas somas dos cofres públicos.Quem desvoa essas grandes somas não aparece, a não ser depois de investigações demoradas, que requerem talentos bem aprimorados- da polícia, de auditores de crimes financeiros ou mesmo de jornalistas muito especializados.
     O problema é que, ao darmos tanta atenção ao que é fácil de enxergar(a corrupção “cultural”), acabamos esquecendo a enorme dimensão da corrupção estrutural, estruturada ou, como eu a chamaria, organizada.
     Ora, podemos ter certeza de uma coisa: um grande corrupto não usa cartão corporativo nem gasta dinheiro da Câmara com a faxineira.Para que vai se expor com migalhas? Ele ataca somas enormes.E só pode ser pego com dificuldade.
     Se lembrarmos que Al Capone acabou na cadeia por ter fraudado o Imposto  de Renda, crime bem menor do que as chacinas que promoveu, é de imaginas que um megacorrupto tome cuidado com suas contas, com os detalhes que possam levá-lo à cadeia- e trate de esconder bem os caminhos que levam a seus negócios.
     Penso que devemos combater os dois tipos de corrupção. A corrupção enquanto cultura nos desmoraliza como povo.Ela nos torna “blasé”.Faz-nos perder o empenho em cultivar valores éticos.Poruqe a república é o regime por excelência da ética na política:aquele que educa as pessoas para que prefiram o bem geral à vantagem individual.Daí a importância dos exemplos, altamente pedagógicos.
     Valorizar o laço social exige o fim da corrupção cultural, e isso só se consegue pela educação.Temos de fazer que as novas gerações sintam pela corrupção a mesma ojeriza que uma formação ética nos faz sentir pelo crime em geral.
     Mas falar só na corrupção cultural acaba nos indignando com o pequenos criminoso e poupando o macrocorrupto.Mesmo uma sociedade como a norte-americana, em que corromper o fiscal da prefeitura é bem mais raro, teve há pouco um governo cujo vice-presidente favoreceu, antieticamente, uma empresa de suas relações na ocupação do Iraque.
     A corrupção secreta e organizada não é privilégio de país pobre, “atrasado”.Porém, se pensarmos que corrupção mata- porque desvia dinheiro de hospitais, de escolas, da segurança-, então a mais homicida é a corrupção estruturada.Precisamos evitar que a necessária indignação com as microcorrupções “culturais” nos leve a ignorar a grande corrupção.è mais difícil de descobrir.Mas é ela que mata mais gente.

                                                                 Folha de S.Paulo, 28/6/2009.
                                             Renato Janine Ribeiro, 59, é professor titular de ética e filosofia
                                       Política do Departamento de Filosofia da USP.È autor, entre outras
                                      Obras, de República (Publifolha, Coleção Folha Explica).

     O artigo de opinião foi retirado do material da Olimpíada de Língua Portuguesa- Escrevendo o Futuro.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Cartaz da Bienal de SP será criação coletiva

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Charge - Folha de São Paulo

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Violência, implícita e real

Garoto gago, 9 anos de idade é agredido por colegas de sala de aula (3º série ) atingido por um soco, um tapa e um golpe de mochila e chutes foram os motivos que levaram Marco  aluno do ensino fundamental de uma Escola Estadual à internação devidos às agressões cometidas nos arredores da escola.
Que culpa tem o garoto de ser diferente?
Infelizmente esses fatos não são mais novidades, esses atos entre os jovens e crianças, pois as agressões físicas, verbais e morais fazem parte de um cénario cada vez mais assustador em nossos meios.
A escola como a sociedade tem apresentado dificuldades em lidar com os constantes cenas de violência que se alastram.
O que fazemos com a diferença? 
O que fazemos para resolver um problema que afeta a todos nós e se agrava corroendo o respeito, a dignidade e os valores necessários para vivermos em paz.
Esperamos que o Estado e todas as instituições disponibilizem especialistas para tratar com seriedade os agressores e os agredidos. Precisamos de uma política voltada para a educação preventiva e continuada, antes de nos tornarmos vitimas de um terror implícito e real.

Artigo de Opinião Lei Maria da Penha

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